Nos atendimentos que realizo com os aprendizes com o tema dobraduras é um encanto.
Todos querem fazer e escolher seus personagens, seus cenários. Percebo que:
Crianças mais retraídas se encorajam e se mostram.
Crianças agitadas se empolgam e se concentram.
Utilizam recursos diversos que requerem o ato de planejar, escolher materiais, organizar, recortar, dobrar e projetar seu imaginário,sua subjetividade e seu produto final.
Todas juntas, em sua particularidade e no coletivo realizam suas dobraduras com prazer e envolvimento significativo.
Sugiro este recurso para ampliar um leque de possibilidades e tentativas de erros e acertos na aprendizagem com nossas crianças, jovens e adultos.
(Rosangela Vali)
Dobradura como Recurso Psicopedagógico
Na trajetória da História, a Arte de dobrar papel teve personagens na Educação que descobriram, nas dobras de papel, o caminho para o processo do ensino aprendizagem mais pleno e prazeroso. O ilustre pintor Leonardo da Vinci (1452-1519) fez grandes descobertas na Matemática, ao utilizar, como processo, as dobras nos estudos da geometria e do aerodinamismo, dobrando quadrados para a obtenção de retângulo, de pentágono, de hexágono etc.
Para obtenção da atenção das crianças nos filmes infantis, o autor Lewis Carroll (1832-1898) de Alice no país das Maravilhas, usou as dobras com magia, divertindo as crianças. Foi uma experiência inovadora para a produção de filmes na época.
Na sociedade europeia, tendo em vista sua tradição na Arte de fazer origami, em meados do século XVIII, na área da Pedagogia, encontra-se o admirável pedagogo alemão Friedrich Frobel (1783-1852) que, com sua dedicação aos estudos, obteve resultados satisfatórios no sistema de ensino vigente na época ao integrar o processo de dobrar papel em suas pesquisas com crianças nas escolas, colaborando para o desenvolvimento cognitivo e para a coordenação motora fina.
Segundo o psicopedagogo infantil suíço Jean Piaget (1896-1980), o lúdico é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, por isso é indispensável à prática educativa. Sendo assim a arte de dobrar papel é um recurso psicopedagógico no desenvolvimento da criança.É uma ferramenta indispensável na metodologia do trabalho do educador em sala de aula, pois conduz o educando a ter: paciência, memorização, coordenação motora fina, persistência, concentração, afetividade, meticulosidade, imaginação e perseverança.
Os grandes mestres de Origami, como Kunihiko Kasahara, afirmam que quem fizer uma dobradura firme e bela será uma pessoa respeitável, de confiança e de disciplina.
Dobrar o papel é um ato extremamente simples e este movimento, na realidade, nos fornece prazer, alegria e sabedoria.
Muito legal!
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