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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Matemática x Discalculia


DISCALCULIA

                

A importância em diagnosticar a discalculia




Há um urgência grande para se descobrir cada vez mais cedo a discalculia nas crianças. Um diagnóstico completo não pode ser feito antes dos 10-12 anos de idade, mas por causa disso não devemos deixar de tentar descobrir as formas particulares de dificuldades que matemáticas a criança sofre.


Há um debate em andamento a respeito dos diagnósticos de dislexia, de discalculia, ou do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade se eles têm algum valor real. Esta preocupação tem fundamento, porque pode ser prejudicial diagnosticar todos as de dificuldades matemáticas como discalculia, e do mesmo modo todas as dificuldades com concentração como transtorno de déficit de atenção/hiperatividade . Entretanto, a dúvida não deve conduzir à recusa para fazer um diagnóstico específico. Nós corremos então no risco óbvio de não fornecer a ajuda relevante às crianças que estão certamente dentro necessidade dela.
Existem crianças e adolescentes que têm dificuldades matemáticas, ou dificuldades com leitura, e gradualmente adquirem uma imagem muito negativa de si mesmos. Sua auto-estima e confiança são quebrados. Alguns expressam até pensamentos suicidas. Estas crianças devem ser a razão de se justificar a necessidade para diagnósticos exatos e específicos. Um diagnóstico exato afeta diversos indivíduos e grupos positivamente:


  • a criança;
  • os pais;
  • os professores;
  • os psicólogos e médicos;
  • a sociedade.
É extremamente raro encontrarmos com uma criança no inicio de sua vida escolar que peça para ser examinada por estar com dificuldades de matemática. Entretanto, os mais velhos o fazem, porque continuam a "falhar" na matemática, e querem saber o porque:"Qual é a razão real para minhas dificuldades em matemáticas? Como posso ser bom em muitos outros assuntos e não na matemática?” Essa situação torna-se frustrante e incompreensível. Um diagnóstico permite que a maioria de crianças mais velhas compreendam a razão para suas dificuldades. Isto ajuda também aos pais a procurar uma ajuda especializada que possa fornecer recursos corretivos apropriados. [O governo deveria oferecer isso].

Para professores e psicólogos escolares o diagnóstico é valioso porque os permite planejar o trabalho corretivo exato, melhorando sucesso das lições. O diagnóstico indica formalmente os tipos de recursos que devem ser utilizados para a dificuldade.

Às vezes os professores expressam preocupações sobre um diagnóstico. Ficam receosos que a criança irá relaxar no seu aprendizadoe parar de tentar trabalhar ativamente com a matemática, pensando: “Bem, eu tenho o discalculia! Então eu não posso fazer os exercícios de matemática de qualquer maneira!” As dúvidas dispersam-se geralmente uma vez que o professor começa um diálogo com a criança e seus pais. Com um bom diálogo as dificuldades da criança são feitas óbvias, mostrando as maneiras possíveis trabalhar com matemática, garantindo assim, que a criança receba o tratamento apropriado. Ao mesmo tempo é eliminado o risco de que ela desenvolva sintomas psiquiátricos como o depressão e pensamentos suicidas.

Um diagnóstico é de grande importância às escolas e a sociedade em geral. Os responsáveis pelas decisões e os líderes de comunidade necessitam saber que o grupo de pessoas com discalculia é grande. Este conhecimento é atualmente muito deficiente. 
O que os responsáveis pelas decisões ou um líder sabem é que muito muitos estudantes estão falhando na matemática, uma proporção muito maior do que aqueles que têm dificuldades com línguas. Isto nos chama para a examinar a situação. Se formos relutantes fazer um diagnóstico então estaremos impedindo que as crianças tenham o direito de ser ajudadas.
Foi mencionado acima que um diagnóstico final (completo) não pode ser feito antes que a criança esteja aproximadamente 10-12 anos de idade. Entretanto, isto não deve nos fazer parar com o trabalho corretivo apropriado antes dessa idade. Sobretudo temos que aprender a nos comunicarmos abertamente com a criança sobre suas dificuldades e experiências. Os problemas que relatam não podem ser os mesmos que suas próprias percepções de seus problemas. Embora nós não possamos estar certos sobre a natureza exata de suas dificuldades, é necessário começar imediatamente o trabalho corretivo. Se nós esperarmos até que a criança esteja velha o bastante para um diagnóstico apropriado, nós podemos ter desperdiçado o tempo precioso e ter causado à criança muitos anos desnecessários do esforço e da falha. A ajuda é necessária.

Texto traduzido e adaptado do livro: What is dyscalculia? Dr B. Adler, 2001, pg 23 - 25.


O diagnóstico da discalculia: CID-10 e DSM-IV



Discalculia não é uma doença. Nem é necessariamente uma condição crônica. Nosso corpo e mente dão forma a um equilíbrio dinâmico que esta constantemente em mudança se adaptando às novas situações. As habilidades cognitivas de um estudante podem progredir além de seu diagnóstico original. Os estudantes podem ter uma vida normal fora das dificuldades matemáticas específicas, embora os problemas frequentemente tendam a remanescer com eles na vida adulta. É importante compreender que as avaliações são somente válidas por um tempo relativamente curto, um ano para crianças e adolescente e menos de dois anos para adultos.

Fazer um diagnóstico é um conceito médico. Durante muitos anos, a ciência médica construiu um modelo biológico para compreensão progressiva dos diferentes transtornos. Este modelo permite desenvolver sistemas de classificação worldwide estandardizados para doenças. Hoje há dois sistemas predominantes.

O CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) é uma classificação estatística internacional das doenças, dos ferimentos e das causas da morte que é publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Seu alvo é criar uma fundação padrão e estável universal para o desenvolvimento da ciência médica.

Devido as críticas recebidas pelo sistema CID, a Associação Americana dos Psiquiatras, (APA), desenvolveu o alternativo DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais). Um dos objetivos principais do DSM é fornecer uma descrição exata de todos os sintomas médicos de modo que seja consultado por doutores ou profissionais de saúde para que possam fazer um diagnóstico correto.

Observação: Antes que um diagnóstico positivo da discalculia seja feito, causas tais como o ensino inadequado ou incorreto, os problemas com visão, audição ou os danos ou doenças neurológicas e doenças psiquiátricas devem ser eliminadas.

CID-10 : F81.2 TRANSTORNO ESPECÍFICO DA HABILIDADE EM ARITMÉTICA
Transtorno que implica uma alteração específica da habilidade em aritmética, não atribuível exclusivamente a um retardo mental global ou à escolarização inadequada.
O déficit concerne ao domínio de habilidades computacionais básicas de adição, subtração, multiplicação e divisão mais do que as habilidades matemáticas abstratas envolvidas na álgebra, trigonometria, geometria ou cálculo.


Inclui:
  • Acalculia de desenvolvimento .
  • Discalculia.
  • Síndrome de Gerstmann de desenvolvimento .
  • Transtorno de desenvolvimento do tipo acalculia
Exclui:
  • acalculia SOE
  • dificuldades aritméticas:
  • associadas a um transtorno da leitura ou da soletração .
  • devidas a ensino inadequado
DSM -IV : F81.2 - 315.1 TRANSTORNO DA MATEMÁTICA

Características Diagnósticas
A característica essencial do Transtorno da Matemática consiste em uma capacidade para a realização de operações aritméticas (medida por testes padronizados, individualmente administrados, de cálculo e raciocínio matemático) acentuadamente abaixo da esperada para a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade do indivíduo (Critério A).
A perturbação na matemática interfere significativamente no rendimento escolar ou em atividades da vida diária que exigem habilidades matemáticas (Critério B). Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades na capacidade matemática excedem aquelas geralmente a este associadas (Critério C).
Caso esteja presente uma condição neurológica, outra condição médica geral ou déficit sensorial, isto deve ser codificado no Eixo III. Diferentes habilidades podem estar prejudicadas no Transtorno da Matemática, incluindo habilidades "lingüísticas" (por ex., compreender ou nomear termos, operações ou conceitos matemáticos e transpor problemas escritos em símbolos matemáticos), habilidades "perceptuais" (por ex,. reconhecer ou ler símbolos numéricos ou aritméticos e agrupar objetos em conjuntos), habilidades de "atenção" (por ex., copiar corretamente números ou cifras, lembrar de somar os números "levados" e observar sinais de operações) e habilidades "matemáticas" (por ex., seguir seqüências de etapas matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação).

Características e Transtornos Associados
Consultar a seção "Características e Transtornos Associados" referente aos Transtornos da Aprendizagem. O Transtorno da Matemática em geral é encontrado em combinação com o Transtorno da Leitura ou o Transtorno da Expressão Escrita.

Prevalência
A prevalência do Transtorno da Matemática é difícil de estabelecer, uma vez que muitos estudos se concentram na prevalência dos Transtornos da Aprendizagem, sem o cuidado de separar transtornos específicos da Leitura, Matemática ou Expressão Escrita.

A prevalência do Transtorno da Matemática isoladamente (isto é, quando não encontrado em associação com outros Transtornos da Aprendizagem) é estimada como sendo de aproximadamente um em cada cinco casos de Transtorno da Aprendizagem. Estima-se que 1% das crianças em idade escolar têm Transtorno da Matemática.

Curso
Embora os sintomas de dificuldade na matemática (por ex., confusão para conceitos numéricos ou incapacidade de contar corretamente) possam aparecer já na pré-escola ou primeira série, o Transtorno da Matemática raramente é diagnosticado antes do final da primeira série, uma vez que ainda não ocorreu suficiente instrução formal em matemática até este ponto na maioria dos contextos escolares.
O transtorno em geral torna-se visível durante a segunda ou terceira série. Particularmente quando o Transtorno da Matemática está associado com alto QI, a criança pode ser capaz de funcionar no mesmo nível ou quase no mesmo nível que seus colegas da mesma série, podendo o Transtorno da Matemática não ser percebido até a quinta série ou depois desta.

Diagnóstico Diferencial
Consultar a seção "Diagnóstico Diferencial" relativa aos Transtornos da Aprendizagem.

Critérios CID-10/DSM-IV
Critérios Diagnósticos para F81.2 - 315.1 Transtorno da Matemática
A. A capacidade matemática, medida por testes padronizados, individualmente administrados, está acentuadamente abaixo do nível esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade apropriada à idade do indivíduo.
B. A perturbação no Critério A interfere significativamente no rendimento escolar ou atividades da vida diária que exigem habilidades em matemática.
C. Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades na capacidade matemática excedem aquelas geralmente a este associadas.
Nota para a codificação: Caso esteja presente uma condição médica geral (por ex., neurológica) ou déficit sensorial, codificar no Eixo III.

Traduzido e adaptado do livro What is dyscalculia? Dr B. Adler, 2001, pg. 64 e 65.
http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/dsm_cid/cid.php

Convém ressaltar  e se apropriar que a  Discalculia apresenta as seguintes características:


Na área da neuropsicologia as áreas afetadas são: 
• Áreas terciárias do hemisfério esquerdo que dificulta a leitura e compreensão dos 
problemas verbais, compreensão de conceitos matemáticos;  
• Lobos frontais dificultando a realização de cálculos mentais rápidos, habilidade de solução de problemas e conceitualização abstrata.  
• Áreas secundárias occípito-parietais esquerdos dificultando a discriminação visual de símbolos matemáticos escritos.  
• Lobo temporal esquerdo dificultando memória de séries, realizações matemáticas básicas.  


De acordo com Johnson e Myklebust a criança com discalculia é incapaz de: 
• Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;  
• Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.  
• Sequenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor.  
• Classificar números.  
• Compreender os sinais +, - , ÷, ×.  
• Montar operações.  
• Entender os princípios de medida.  
• Lembrar as sequências dos passos para realizar as operações matemáticas.  
• Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.  
• Contar através dos cardinais e ordinais.  


Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são: 
1. Dificuldade na memória de trabalho; 
2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais; 
3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita); 
4. Não há problemas fonológicos; 
5. Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem; 
6. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais; 
7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis. 



Quais os comprometimentos?
• Organização espacial;  
• Autoestima;  
• Orientação temporal;  
• Memória;  
• Habilidades sociais;  
• Habilidades grafomotoras;  
• Linguagem/leitura;  
• Impulsividade;  
• Inconsistência (memorização)

Ajuda do professor:
 O aluno deve ter um atendimento individualizado por parte do professor que deve evitar: 
• Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais;  
• Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pelo aluno ou interrompê-lo várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ele quer dizer completando sua fala;  
• Corrigir o aluno frequentemente diante da turma, para não o expor;  
• Ignorar a criança em sua dificuldade.  


Dicas para o professor: 
· Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido; 
· Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar; 
· Proponha jogos na sala; 
· Procure usar situações concretas, nos problemas. 

     Atendimento Psicopedagógico:
    Deve-se  auxiliar na busca de resgate da  autoestima valorizando as atividades de cada aprendiz, 

descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento.


        Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, 
habilidades espaciais, contagem. Recomenda-se pelo menos duas  sessões semanais. 

       O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um objeto de interesse.

     O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista também é importante para detectar as áreas do cérebro são afetadas.

      O psicopedagogo, se procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação 
neurológica ou neuropsicológica. 




O que ocorre com crianças que não são tratadas precocemente?
• Comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global  
• O aluno fica inseguro e com medo de novas situações  
• Baixa autoestima devido a críticas e punições de pais e colegas  
• Ao crescer o adolescente / adulto com discalculia apresenta dificuldade em utilizar a 
matemática no seu cotidiano. 


Qual a diferença? 
Acalculia e Discalculia.


  A discalculia já foi relatada acima. 
  A acalculia ocorre quando o indivíduo, após sofrer lesão cerebral, como um acidente 
vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico, perde as habilidades matemáticas já adquiridas. A perda ocorre em níveis variados para realização de cálculos matemáticos.  


 Cuidado!
 As crianças, devido a uma série de fatores, tendem a não gostar da matemática, achar 
chata, difícil. Verifique se não é uma inadaptação ao ensino da escola, ou ao professor que pode estar causando este mal estar. Se sua criança é saudável e está se desenvolvendo normalmente em outras disciplinas não se desespere, mas é importante procurar um psicopedagogo para uma avaliação. 
 Muitas confundem inclusive maior-menor, mais-menos, igual-diferente, acarretando erros que poderão ser melhorados com a ajuda de um professor mais atento. 

Minhas Sugestões:

Já foram aplicadas e trouxeram significativa evolução de rendimento na matemática por trabalharem a atenção, concentração,sequência, ritmo, organização espacial, temporal. 


As brincadeiras “Escravos de Jó” e "Cinco Marias" são ótimos recursos para crianças com diagnóstico ou suspeita de Discalculia.



Escravos de Jó:
Coloque os alunos em roda, sentados no chão. Cada um deverá ter um objeto pequeno consigo – latinha de alumínio, caixa de fósforo, copos de plástico, entre outros. Assim que a música se inicia, os alunos deverão passar os objetos entre si, no tempo 1 de cada compasso. Você deve estabelecer em que sentido os objetos serão passados – horário ou anti-horário.
Após essa primeira rodada de “treinamento”, apresente à turma a brincadeira como é realizada tradicionalmente. Da mesma forma que há diferentes versões para a letra e para a melodia da música (ver os links disponibilizados em Recursos Complementares), outras versões para a forma de brincar e passar os objetos podem ser trazidas pelos alunos. Na medida do possível, tente executar as versões diferentes e, ao final, escolha junto a turma qual será realizada por todos.
Sugerimos algumas versões conhecidas por nós:
1) A música inicia-se e os objetos são passados no tempo 1 de cada compasso. No trecho “Tira, bota”, os alunos devem levantar o objeto do chão e colocá-lo novamente, à sua frente, ainda no tempo 1 de cada compasso. No trecho seguinte “Deixa o Zé Pereira ficar”, os alunos devem pegar o objeto e batê-lo no chão, nos tempos 1 e 2 de cada compasso, até a frase terminar (coincidindo com o tempo 1 do compasso seguinte). A partir de “Guerreiros com guerreiros”, os objetos voltam a ser passados para o lado, no tempo 1 de cada compasso. No trecho “Zigue-zigue zá”, o objeto é passado para o lado na sílaba “zi” de “zigue”, retornado pelo mesmo aluno que passou na sílaba “zi”, da segunda palavra “zigue” e passado novamente, dessa vez de maneira efetiva, ao colega do lado. O movimento fica dessa forma, caso os objetos sejam passados no sentido anti-horário: direita – esquerda – direita.
2) A música inicia-se e os objetos são passados no tempo 1 de cada compasso. No trecho “Tira, bota”, os alunos devem levantar o objeto do chão e colocá-lo novamente, à sua frente, ainda no tempo 1 de cada compasso. No trecho seguinte “Deixa o Zé Pereira ficar”, os alunos devem fazer um gesto com as duas mãos, como se estivessem mandando o “Zé Pereira” embora, nos tempos 1 e 2 de cada compasso, até a frase terminar (coincidindo com o tempo 1 do compasso seguinte). A partir de “Guerreiros com guerreiros”, os objetos voltam a ser passados para o lado, no tempo 1 de cada compasso. No trecho “Zigue-zigue zá”, o objeto é passado para o lado na sílaba “zi” de “zigue”, retornado pelo mesmo aluno que passou na sílaba “zi”, da segunda palavra “zigue” e passado novamente, dessa vez de maneira efetiva, ao colega do lado. O movimento fica dessa forma, caso os objetos sejam passados no sentido anti-horário: direita – esquerda – direita.


     
Cinco-marias ou pipokinha:
Como pode ser chamado, é um jogo também conhecido como brincadeira dos cinco saquinhos (ou cincopedrinhas, que devem ter tamanhos aproximados). Para brincar são necessários cinco saquinhos de tecido de mais ou menos 4 cm por 3 cm, com enchimento de areiafarinha, grãos de arroz ou feijão, ou as cinco pedrinhas.
As cinco-marias têm origem em um costume da Grécia antiga. Quando queriam consultar os deuses ou tirar a sorte, os homens jogavam ossinhos da pata de carneiro (astrágalos) e observavam como caíam.
Cada lado do ossinho tinha um nome e um valor, e a resposta divina às perguntas humanas era interpretada a partir da soma desses números. O lado mais liso era chamado kyon (valia 1 ponto), o menos liso, coos (6 pontos); o côncavo, yption (3 pontos), e o convexo, pranes (4 pontos).
Essa pode ser a origem dos dados (do latim, “dadus”, que quer dizer “dado pelos deuses”), segundo Renata Meirelles, autora do livro "Giramundo e outros brinquedos e brincadeiras dos meninos do Brasil".
Com o tempo, os ossinhos foram substituídos por pedrinhas, sementes e pedaços de telha até chegar aos saquinhos de tecido recheados com areia, grãos ou sementes, conta Meirelles.
  1. Jogar todos os saquinhos no chão (ou outra superfície) e pegar um deles sem tocar nos demais; jogar para o alto o saquinho escolhido, enquanto pega um dos outros quatro que estão no chão, e sem encostar nos restantes; segurar o saquinho na volta, com a mesma mão, antes que ele caia no chão; repetir o mesmo para cada um dos quatro saquinhos.
  2. Novamente, jogar os cinco saquinhos no chão e pegar um, sem tocar nos restantes; repetir a etapa anterior, só que agora de dois em dois saquinhos.
  3. Repetir tudo, mas desta vez pegando um saquinho e depois os três restantes ao mesmo tempo.
  4. Jogar os saquinhos, pegar um, jogá-lo para o alto, pegar os quatro saquinhos restantes de uma só vez e em seguida pegar o saquinho que estava no ar sem deixar cair nenhum.
  5. Na última etapa, jogar os cinco saquinhos no chão e pegar um sem tocar nos demais; com a outra mão, formar um túnel por onde os quatro saquinhos restantes deverão ser passados, um de cada vez, enquanto o saquinho escolhido estiver lançado ao ar.
Observação - Se o jogador tocar num dos saquinhos que estão no chão que não seja o escolhido para a execução da jogada ou deixar algum deles cair da mão, passará a vez para o próximo jogador.
          
Descrição das brincadeiras -  Fonte:Wikipédia:

Rosangela L. S. Vali - Especialista em Psicopedagogia

Bibliografia:
CARRAHER, Terezinha Nunes (Org.). Aprender Pensando. Petrópolis, Vozes, 2002. 
GARCÍA, J. N. Manual de Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, ArtMed, 1998. 
JOSÉ, Elisabete da Assunção, Coelho, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, Ática, 2002. 
RISÉRIO, Taya Soledad. Definição dos transtornos de aprendizagem. Programa de (re) 
habilitação cognitiva e novas tecnologias da inteligência. 2003. 


3 comentários:

  1. Boa noite Rosangela.
    Obrigada pela visita e pelo comentário lindo.
    Espero que tenha pegado o selinho para você também.
    Pois tu também merece, minha nova amiga.
    Bjokas...da Bia!!!

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  2. Ola Rosangela... sou pedagoga e estou tentando montar um protocolo de discalculia, para meu atendimentos sera que vc poderia me ajudar dando mais dicas, objetivo, idade e atividades. agradeço a sua atenção e seu blog é 10. parabens..abraços luciane
    meu e-mail. lucianecursino@ig.com.br

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Um abraço, Rosangela