A importância em diagnosticar a discalculia
- a criança;
- os pais;
- os professores;
- os psicólogos e médicos;
- a sociedade.
O que os responsáveis pelas decisões ou um líder sabem é que muito muitos estudantes estão falhando na matemática, uma proporção muito maior do que aqueles que têm dificuldades com línguas. Isto nos chama para a examinar a situação. Se formos relutantes fazer um diagnóstico então estaremos impedindo que as crianças tenham o direito de ser ajudadas.
O diagnóstico da discalculia: CID-10 e DSM-IV
Discalculia não é uma doença. Nem é necessariamente uma condição crônica. Nosso corpo e mente dão forma a um equilíbrio dinâmico que esta constantemente em mudança se adaptando às novas situações. As habilidades cognitivas de um estudante podem progredir além de seu diagnóstico original. Os estudantes podem ter uma vida normal fora das dificuldades matemáticas específicas, embora os problemas frequentemente tendam a remanescer com eles na vida adulta. É importante compreender que as avaliações são somente válidas por um tempo relativamente curto, um ano para crianças e adolescente e menos de dois anos para adultos.
Fazer um diagnóstico é um conceito médico. Durante muitos anos, a ciência médica construiu um modelo biológico para compreensão progressiva dos diferentes transtornos. Este modelo permite desenvolver sistemas de classificação worldwide estandardizados para doenças. Hoje há dois sistemas predominantes.
Devido as críticas recebidas pelo sistema CID, a Associação Americana dos Psiquiatras, (APA), desenvolveu o alternativo DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais). Um dos objetivos principais do DSM é fornecer uma descrição exata de todos os sintomas médicos de modo que seja consultado por doutores ou profissionais de saúde para que possam fazer um diagnóstico correto.
Observação: Antes que um diagnóstico positivo da discalculia seja feito, causas tais como o ensino inadequado ou incorreto, os problemas com visão, audição ou os danos ou doenças neurológicas e doenças psiquiátricas devem ser eliminadas.
CID-10 : F81.2 TRANSTORNO ESPECÍFICO DA HABILIDADE EM ARITMÉTICA
O déficit concerne ao domínio de habilidades computacionais básicas de adição, subtração, multiplicação e divisão mais do que as habilidades matemáticas abstratas envolvidas na álgebra, trigonometria, geometria ou cálculo.
Inclui:
- Acalculia de desenvolvimento .
- Discalculia.
- Síndrome de Gerstmann de desenvolvimento .
- Transtorno de desenvolvimento do tipo acalculia
- acalculia SOE
- dificuldades aritméticas:
- associadas a um transtorno da leitura ou da soletração .
- devidas a ensino inadequado
Características e Transtornos Associados
Prevalência
A prevalência do Transtorno da Matemática isoladamente (isto é, quando não encontrado em associação com outros Transtornos da Aprendizagem) é estimada como sendo de aproximadamente um em cada cinco casos de Transtorno da Aprendizagem. Estima-se que 1% das crianças em idade escolar têm Transtorno da Matemática.
Curso
O transtorno em geral torna-se visível durante a segunda ou terceira série. Particularmente quando o Transtorno da Matemática está associado com alto QI, a criança pode ser capaz de funcionar no mesmo nível ou quase no mesmo nível que seus colegas da mesma série, podendo o Transtorno da Matemática não ser percebido até a quinta série ou depois desta.
Diagnóstico Diferencial
Critérios CID-10/DSM-IV
A. A capacidade matemática, medida por testes padronizados, individualmente administrados, está acentuadamente abaixo do nível esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade apropriada à idade do indivíduo.
B. A perturbação no Critério A interfere significativamente no rendimento escolar ou atividades da vida diária que exigem habilidades em matemática.
C. Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades na capacidade matemática excedem aquelas geralmente a este associadas.
Nota para a codificação: Caso esteja presente uma condição médica geral (por ex., neurológica) ou déficit sensorial, codificar no Eixo III.
Traduzido e adaptado do livro What is dyscalculia? Dr B. Adler, 2001, pg. 64 e 65.
http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/dsm_cid/cid.php
Convém ressaltar e se apropriar que a Discalculia apresenta as seguintes características:
Na área da neuropsicologia as áreas afetadas são:
• Áreas terciárias do hemisfério esquerdo que dificulta a leitura e compreensão dos
problemas verbais, compreensão de conceitos matemáticos;
• Lobos frontais dificultando a realização de cálculos mentais rápidos, habilidade de solução de problemas e conceitualização abstrata.
• Áreas secundárias occípito-parietais esquerdos dificultando a discriminação visual de símbolos matemáticos escritos.
• Lobo temporal esquerdo dificultando memória de séries, realizações matemáticas básicas.
De acordo com Johnson e Myklebust a criança com discalculia é incapaz de:
• Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
• Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.
• Sequenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor.
• Classificar números.
• Compreender os sinais +, - , ÷, ×.
• Montar operações.
• Entender os princípios de medida.
• Lembrar as sequências dos passos para realizar as operações matemáticas.
• Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.
• Contar através dos cardinais e ordinais.
Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são:
1. Dificuldade na memória de trabalho;
2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;
3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita);
4. Não há problemas fonológicos;
5. Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem;
6. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais;
7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis.
Dicas para o professor:
Qual a diferença?
Acalculia e Discalculia.
Cuidado!
Minhas Sugestões:
Já foram aplicadas e trouxeram significativa evolução de rendimento na matemática por trabalharem a atenção, concentração,sequência, ritmo, organização espacial, temporal.
Escravos de Jó:
- Jogar todos os saquinhos no chão (ou outra superfície) e pegar um deles sem tocar nos demais; jogar para o alto o saquinho escolhido, enquanto pega um dos outros quatro que estão no chão, e sem encostar nos restantes; segurar o saquinho na volta, com a mesma mão, antes que ele caia no chão; repetir o mesmo para cada um dos quatro saquinhos.
- Novamente, jogar os cinco saquinhos no chão e pegar um, sem tocar nos restantes; repetir a etapa anterior, só que agora de dois em dois saquinhos.
- Repetir tudo, mas desta vez pegando um saquinho e depois os três restantes ao mesmo tempo.
- Jogar os saquinhos, pegar um, jogá-lo para o alto, pegar os quatro saquinhos restantes de uma só vez e em seguida pegar o saquinho que estava no ar sem deixar cair nenhum.
- Na última etapa, jogar os cinco saquinhos no chão e pegar um sem tocar nos demais; com a outra mão, formar um túnel por onde os quatro saquinhos restantes deverão ser passados, um de cada vez, enquanto o saquinho escolhido estiver lançado ao ar.
Boa noite Rosangela.
ResponderExcluirObrigada pela visita e pelo comentário lindo.
Espero que tenha pegado o selinho para você também.
Pois tu também merece, minha nova amiga.
Bjokas...da Bia!!!
Ok..tá tudo joia.Bjos
ExcluirOla Rosangela... sou pedagoga e estou tentando montar um protocolo de discalculia, para meu atendimentos sera que vc poderia me ajudar dando mais dicas, objetivo, idade e atividades. agradeço a sua atenção e seu blog é 10. parabens..abraços luciane
ResponderExcluirmeu e-mail. lucianecursino@ig.com.br