quarta-feira, 30 de maio de 2012

Alfabetização - Tempo de Prontidão


Prontidão para a alfabetização


O desenvolvimento infantil é fascinante, dasafiador, dinâmico e, certas vezes, imprevisível. Neste processo de experiências e de buscas para tentar compreendê-lo, teoria e prática tornaram-se inseparáveis, pois ambas criam condições para que consigamos problematizar e questionar certezas estabelecidas, levantar hipóteses e chegar a constatações que, muitas vezes, cedem espaço a novas dúvidas, impulsionando-nos a novos caminhos, a outras explanações.
Ao focalizar a criança, consideraremos conjuntamente as suas formas de apreender os estímulos do meio físico e social, o seu nível operatório de pensamento, os modelos de representação cultural que interferem no seu processo de socialização, as suas condições motivacionais, afetivo-sociais e psicomotoras. Sendo assim, as justificativas que as crianças oferecem às respostas que dão, têm um valor inestimável para a compreensão de seu desenvolvimento.
Uma criança está em condições para se alfabetizar quando se encontra num "estado de alerta", o que significa também um interesse duradouro e pleno para interagir com o material simbólico da alfabetização, processando as suas respostas nos níveis afetivo-social, psicomotor e cognitivo. Isto decorre de um longo e gradual processo que depende tanto de aspectos maturacionais quanto daqueles que foram produto da estimulação ambiental. Sem desprezar a relevância do aspecto cognitivo no desenvolvimento infantil, é necessário igualmente considerar a importância das dimensões afetivo-social e psicomotora.
Jerome Bruner, citado por Luria (1988, p.38), "observou corretamente que toda a percepção é um processo ativo e inerentemente complexo de classificar informações novas em categorias conhecidas, sendo um evento intimamente ligado às funções de abstração e generalização da linguagem".
Consideramos que "cada momento constitui-se em vivências, buscas, experimentação, descobertas, levando em conta que a criança tem características próprias, necessidades e possibilidades ilimitadas para se desenvolver". (Nicolau, 1990:49).
Wadsworth (1984, p.160), na tentativa de aplicar as idéias de Jean Piaget à pré-escola e ao 1° Grau, e referindo-se à aprendizagem da leitura e escrita, destaca a sua complexidade e, portanto, a necessidade de serem percebidas as relações que a envolvem. "A leitura envolve processos de percepção (tanto visuais quanto auditivos), processos cognitivos, motivação e significação. Os educadores precisam compreender todos esses processos nas suas relações complexas para que aprender a ler seja compreendido".
O referido autor julga que a "prontidão para a leitura refere-se a saber se a criança adquiriu as competências cognitivas e as habilidades perceptuais necessárias para aprender a ler: começar a dar significados às palavras e sentenças escritas. Mas prontidão para ler inclui muito mais".
Wadsworth (1984,p.163) ainda afirma que "a criança, na fase pré-operacional, até cerca de sete anos, tem dificuldade de responder aos aspectos lógicos dos problemas. Os conflitos entre percepção e pensamento são resolvidos em favor da percepção". Acrescenta ainda que "palavras escritas são o que Piaget denominou signo. Os signos, diferentemente dos símbolos, não têm relação com o que representam. A capacidade de usar signos se desenvolve depois da capacidade de usar os símbolos. Naturalmente, a fim de começar a ler com sucesso, as crianças precisam ser capazes de compreender o uso dos signos".
Desta forma, assumir a "mecânica da leitura" não significa pressupor que a leitura não esteja "afetada pela aprendizagem ou desenvolvimento". Isto porque "todas as atividades perceptivas estão sobre o controle do cérebro". E argumenta, ressaltando que "A criança que está tentando ler precisa ser capaz de discriminar visualmente de modo coerente todos os símbolos que formam as letras e as palavras. A discriminação dos traços distintos das formas, letras e palavras é uma habilidade aprendida; a criança não nasce com uma capacidade já desenvolvida e em funcionamento para tal discriminação". E seguindo a mesma linha de argumentação, Wadsworth diz que "em termos visuais, a criança aprende a discriminar só aqueles objetos espaciais que encontra no seu ambiente. Portanto, uma criança de 6 anos que tem pouca experiência com eles será menos capaz de distinguir entre as letras. Segundo Pilar Tetilla Manzano Borba (*)“Quando se fala em prontidão para a alfabetização logo se pensa em leitura e escrita.
Prontidão escolar é muito mais que isso. É perceber sensorialmente formas, é orientar-se no espaço, perceber direções, lateralidade e ter equilíbrio. É orientar-se no ritmo, é saber ouvir, estar atento, ter concentração e sobretudo é conhecer o sentido do que está percebendo; conhecer as palavras, suas relações e seu simbolismo. É poder controlar o corpo, inibir movimentos amplos para usar motricidade fina.  
Mas tudo tem seu começo e é desde o ventre materno que a criança adquire a linguagem falada ao ouvir sua mãe. Depois que nasce, as cantigas de ninar, a conversação entre os pais, e com o bebê colaboram para enriquecer seu vocabulário, assim como mais tarde os contos de fadas, tão apreciados pelas crianças ajudam a criança a aprender ouvir, e escutar com atenção.
As brincadeiras de corpo como rolar no chão, se arrastar, engatinhar, cambalhotar, pular, andar, correr, subir e descer escadas, pular corda colaboram para a aquisição da coordenação motora, para o equilíbrio e a percepção corporal de si e sua relação com o espaço circundante. Desta forma a criança vivenciando ativamente  as três dimensões no espaço se  prepara para a aquisição da escrita e da leitura.
As habilidades motoras finas que o exercício da escrita exige vem muito depois da criança ter usado seu corpo todo nas brincadeiras livres e de parquinho (balanço, escorregador, trepa-trepa, gira-gira, gangorra, terra, areia e água).
Vivemos num mundo onde letras são vistas em todo canto como nos anúncios, nas propagandas, embalagens, roupas, tapetes, cortinas, nos brinquedos e até nos utensílios de cozinha. No entanto a criança só irá escrever, ler e entender quando  neurologicamente estiver amadurecida para isso. 
O caminho é muito longo e requer um amadurecimento também na parte emocional da criança. A entrada na escola exige: aprender a compartilhar a atenção da professora com mais crianças,  entender, compreender e aceitar as regras, lidar com frustrações e obrigações, esperar a vez, ter autonomia nas atividades de higiene, vestuário e alimentação, entre tantos outros quesitos que o amadurecimento  propicia.”


Um comentário :

  1. Foi muito bom estar aqui. As atividades são ótimas. Vão me ajudar bastante. Obrigada, Beijoooooooos.

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Na aventura de aprender de nossas crianças e jovens,
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(Rosangela Vali - Pedagoga e Psicopedagoga)

"Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. As nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais".

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Hoje Acordei Para Vencer! A automensagem positiva logo pela manhã é um estímulo que pode mudar o seu humor, fortalecer sua autoconfiança e, pensando positivo, você reunirá forças para vencer os obstáculos. Não deixe que nada afete seu estado de espírito. envolva-se pela música, cante ou ouça. Comece a sorrir mais cedo. ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia. O bom humor é contagiante: espalhe-o. Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar. Não se lamente, ajude as outras pessoas a perceber o que há de bom dentro de si. Não viva emoções mornas e vazias. Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas. Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz. Tudo que merece ser feito, merece ser bem feito. Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação. Mude, opine, ame o que você faz. Não trabalhe só por dinheiro e sim pela satisfação da "missão cumprida". Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere pelo melhor. Transforme seus momentos difíceis em oportunidades. Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas. Veja o lado positivo das coisas e assim você tornará seu otimismo uma realidade. Não inveje. Admire! Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio. Idealize um modelo de competência e faça sua auto-avaliação para saber o que está lhe faltando para chegar lá. Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu tempo. Só assim não terá tempo para criticar os outros. Não acumule fracassos e sim experiências. Tire proveito de seus problemas e não se deixe abater por eles. Tenha fé e energia, acredite: Você pode tudo o que quiser. Perdoe, seja grande para os aborrecimentos, pobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos infelizes. Não viva só para seu trabalho. Tenha outras atividades paralelas como: esportes, leitura... cultive amigos. O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não se deve jogar nele todas as nossas expectativas de realizações. Finalmente, ria das coisas a sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida: "A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo". (Autor desconhecido)

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