Um pequeno texto que li, gostei e dá uma maior abrangência à compreensão da importância jogo, de como, para quê e o que fazer pela ótica psicopedagógica para alfabetizar e favorecer a aprendizagem em geral.
Bom proveito,Rosangela Vali.
O olhar psicopedagógico na alfabetização por meio do jogo
“A criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. Tem desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente” (RCNEI, 1998, p. 21 v. 2).
Como diz Nadia A. Bossa, 2007 apud Lino de Macedo, 1992, a psicopedagogia surgiu como instrumento para melhor compreensão do processo de aprendizagem.
A psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. E mais, procurando estudar a construção do conhecimento em toda sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos (Bossa, 2007 apud Maria M. Neves, 1992 p.10).
O atendimento psicopedagógico pode ser preventivo e clinico. No trabalho preventivo o psicopedagogo pode trabalhar com três diferentes níveis. O primeiro nível o psicopedagogo atua nas questões didático-metodológicas, na formação e orientação dos professores, além de acompanhamento com os pais. No segundo nível, ele vai tratar dos problemas de aprendizagem já instalados, criam-se planos diagnósticos da realidade institucional e elaboram planos de intervenção baseados nesse diagnostico, procura-se avaliar o currículo para não haver reincidência desses transtornos. No terceiro o objetivo é eliminar os transtornos já instalados na psicopedagogia clinica e todas as suas implicações. Ao eliminarmos estamos prevenindo o aparecimento de outros.
Na alfabetização, quando o professor se depara com novas teorias toda equipe sente dificuldades. O psicopedagogo auxilia na compreensão dessas novas teorias e juntamente com os profissionais da escola trata de elaborar métodos de ensino compatíveis com as novas concepções acerca desse processo. Nesse momento corresponderia ao primeiro nível preventivo, auxiliar os professores incorporar novos conhecimentos e procedimentos metodológicos decorrentes (Bossa, 2007).
Ainda na alfabetização, se um determinado grupo, classe ou instituição sente algum transtorno na aprendizagem, o psicopedagogo atua no segundo nível preventivo, primeiramente a realização do diagnóstico do grupo e posteriormente a intervenção no processo didático metodológico em vigor. Nesse nível devem-se detectar as causas dos transtornos e encontrar meios para eliminar os mesmos. No terceiro nível o psicopedagogo deve tratar a dificuldade evitando o aparecimento de novos transtornos.
Explica Bossa, 2007 apud Freud, V.XX, 1976 que o jogo é a atividade criativa e curativa, pois permite a criança reviver ativamente as situações cotidianas ensaiando na brincadeira suas expectativas da realidade.
Bossa, p. 109, 2007 apud Alicia Fernandes p. 165, 1990 aponta: “não pode haver construção do saber se não se joga com o conhecimento” o saber é a incorporação do conhecimento no fazer do individuo.
Bossa, p.110, 2007 apud Fernandes, p.171 1990 propõe a hora do jogo como estratégia para perceber a estrutura no ato de aprender. Bossa, 2007 apud Sara Pain, 1986 relata a aptidão da criança para os aspectos fundamentais da aprendizagem que são: criar, refletir, organizar e integrar.
Nesse processo o jogo é a estratégia de intervenção e possui um papel muito importante, mas a interpretação psicopedagógica também deve ser investigada e interpretada os elementos apresentados pelo atendido.
(...) dizia que para se desenvolver, a criança não devia apenas olhar e escutar, mas agir e produzir sobre a natureza. Ele considerava que o trabalho manual, os jogos e os brinquedos tinham uma função educativa básica. No seu trabalho docente, Froebel colocava em prática a “teoria do valor educativo do brinquedo e do jogo” (Fronza, 2005 apud Arce, 2002, pg.60).
Atividades Lúdicas na perspectiva educacional
No livro Trabalhando com recreação de Cavallari e Zacharias, 2003 percebemos a diferença entre a brincadeira e o jogo. O brincar é a atividade principal da criança, por isso ela simplesmente acontece e continua enquanto houver motivação e interesse. As brincadeiras nem sempre apresentam evolução regular, pois não há formalidade. Podem sofrer modificações e conseqüências imprevisíveis, se a brincadeira for individual não possui regras, mas se forem grupo sugere regras.
A brincadeira proporciona alegria liberdade e contentamento, é a atividade tipicamente humana. Segundo Froebel o brincar é a ação livre da criança, ao brincar ela transforma e transfere suas ações simbólicas ao mundo real.
Os jogos possuem elementos indispensáveis para o processo de aprendizagem, pois propicia novos desafios e incentiva a descoberta, a criatividade e a criticidade, desperta o imaginário ampliando conhecimentos, desbloqueando aprendizagem aprisionada facilitando esse processo tornando-o prazeroso. O brinquedo é o objeto suporte para a brincadeira que estimula o imaginário infantil.
A brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, é o lúdico em ação. Já o jogo não se confunde com o brinquedo nem com a brincadeira.
O jogo carrega a construção do conhecimento podendo nem sempre ser agradável, é ação do indivíduo sobre a realidade com simbolismo reforça a motivação, possibilitando um sistema de regras que define perda ou ganho que muitas vezes pode gerar sentimentos de frustração angústia, insegurança, por isso a necessidade de um mediador para equilibrar esses sentimentos e construir o aprendizado.
Segundo Nallin, 2005, pg. 8 apud Almeida, 1992 é “necessário que o educador se conscientize de que ao desenvolver o conteúdo programático, por intermédio do ato de brincar, não significa que está ocorrendo um descaso ou desleixo com a aprendizagem do conteúdo formal”, e sim está trabalhando o processo de conhecimento da criança de forma agradável e significativa.
“Não acreditamos que existam atividades específicas para determinadas faixas etárias”. Todos os jogos e brincadeiras podem ser adaptados para um bom aproveitamento nas atividades, desde que sejam respeitadas as características individuais do grupo/faixa etária. Observamos alguns jogos e brincadeiras.
Olá amiga!
ResponderExcluirVim fazer uma visita, desculpe a demora para aparecer estive sem net, estava com o moldem do celular, não dava para visitar os blogs, desculpe a demora. Espero não ter mais problema o provedor da minha cidade.
Muito bom seu texto, estou trabalhando mais ou menos isso com meus alunos do Normal médio, vou salvar! Obrigada por compartilhar.
A vida é uma passagem
De momentos vividos...
Onde realizaremos uma viagem
A um lugar que por
Deus seremos dirigidos”.
Fiquem com Deus, que seu Domingo seja abençoado e que o início de semana feliz e que seus desejos sejam realizados.
Abraços da amiga Lourdes Duarte
http://professoralourdesduarte.blogspot.com.br/
http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/
Minha Amiga.
ResponderExcluirHoje venho agradecer sua visita fiquei muito feliz
com seu comentário.
Cada visita que recebo é importante principalmente
uma pessoa carinhosa como você querida.
Até parece que sentiu que no momento estou
passando por momentos bem frágil .
Deus sempre coloca pessoa especial
Que mesmo sem saber nos conforta.
Uma semana abençoada beijos,Evanir.
a
Rosangela, parabéns pelo texto!
ResponderExcluirAdorei!!!
Tem mais informações sobre esse mesmo tema?
Alguma atividade em específico para se trabalhar com adolescentes?
Oi Bruna!
ExcluirEsse tema é amplo e tem muito material em acervo literário e blogs educacionais. Acredito que consultar e pesquisar é fundamental e favorece à obtenção de mais material e informações específicas.
Bom proveito, bom trabalho!
Abraço!