segunda-feira, 14 de abril de 2014

Reflexão à Prática Psicopedagógica Clínica!



Recomendo este texto que li e que traz considerações subjetivas e objetivas para uma abordagem mais científica e clínica, mas que bem se enquadra ao olhar e ressignificação da prática pedagógica como um todo.



DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM: 
O QUE HÁ POR TRÁS DISTO?

Por Nereida da Silveira Rocha Otten


É fundamental ter em conta que a pessoa só aprende porque trabalha intelectualmente através de processos que envolvem conflitos, reflexões, retrocessos, novas reflexões e, então, um conseqüente progresso. Para a psicopedagogia clínica o problema de aprendizagem está vinculado às formas singulares de cada pessoa pensar. Não é considerado como um desvio, mas como um sintoma ou uma reação ao ambiente, um sinal de que algo –inconscientemente - não está bem.
Questões como o conhecimento da criança, o seu “estilo” de aprender, a história individual de aprendizagem e a importância da simbolização do mundo, ainda hoje, precisam ser discutidas e apropriadas pelos professores, pais e profissionais da saúde. Posicionar-se ao lado da criança é aceitar e compreender que as diferenças que cada criança traz são singularidades pertinentes a ela, sem que isto suponha comparações constantes com as outras.
É levar em consideração que não se aprende somente dentro da escola e que o “aprender” não é efeito somente da consciência.
Para que essa discussão avance é fundamental ter em conta que a pessoa só aprende porque trabalha intelectualmente através de processos que envolvem conflitos, reflexões, retrocessos, novas reflexões e, então, um conseqüente progresso. Durante estes processos a pessoa se vincula com os objetos de conhecimentos sempre mediada pelas significações inconscientes e nunca de maneira direta. Ou seja, quando aprende, a pessoa se coloca inteira como sujeito e não somente com algumas partes do corpo ou cérebro.
A aprendizagem é considerada a matriz da própria vida e, por isso, a compreensão e o tratamento que damos às pessoas - com ou sem transtornos de desenvolvimento - não devem mais se apoiar nos pressupostos que trazem consigo a idéia de menos-valia e de diferença.
Esses só adicionam preconceitos! Para sair disso, cada pessoa necessita ter um novo olhar a respeito das suas próprias diferenças consideradas “deficiências” (pelos outros e por si mesma), transformando-as em “diferenças-vantagens”, trilhando assim, um novo caminho.
Em função desse entendimento, é que o tratamento psicopedagógico clínico é o mais
indicado no caso de se tratar de um transtorno de aprendizagem. Nesse tipo de tratamento não se trabalha com reeducação escolar - refazendo o trabalho que é unicamente do professor.
Trabalha-se abrindo possibilidades de mudança a partir da diferenciação, tirando a pessoa do lugar já marcado, resgatando o prazer de aprender e tornando-o único a seus próprios olhos, aos olhos de sua família e da escola. Psicopedagogo e Paciente vão construindo juntos estratégias para um melhor desempenho, segundo suas potencialidades e interesses.
Os recursos são, geralmente, jogos, atividades de expressão artística, linguagem oral e escrita, dramatização, criação de maquetes simbólicas e todo tipo de recursos que facilitem o desenvolvimento da capacidade de aprender com autonomia e prazer. Ao se abrir um espaço de brincar durante o diagnóstico e o tratamento psicopedagógico, já se está possibilitando um movimento na direção da saúde, da cura. O brincar como espaço de criação, de invenção, de produção é um espaço constituinte da operação psíquica e isto é indispensável no tratamento das dificuldades de aprendizagem!
Para a psicopedagogia clínica, o problema de aprendizagem está vinculado às formas singulares de cada pessoa pensar. Não é considerado como um desvio, mas como um sintoma ou uma reação ao ambiente, um sinal de que algo – inconscientemente - não está bem. Não existe, aqui, a comparação com um “normal” e não existe uma única causa, nem uma só situação determinante do problema de aprendizagem. O que existe é a historicidade dessa pessoa (do ponto de vista psicológico, pedagógico e clínico). Nessa história particular estão incluídos o lugar subjetivo dela na família, a forma de circular o amor e o conhecimento na família, na escola e nos diversos grupos do qual ela faz parte. Todos esses aspectos contribuíram, de alguma maneira, para que ela não se percebesse inteligente e não se sentisse capaz de aprender com autonomia e com prazer, produzindo assim a dificuldade para aprender.
Assim, a avaliação e o diagnóstico psicopedagógicos começam com um conjunto de
hipóteses que se constroem a cada encontro com a pessoa, com os pais e com a escola. Isto nos permite observar a dinâmica da modalidade de aprendizagem individual e familiar e com esta foi interpretada por ele e seus pais. A postura, o olhar e a escuta do psicopedagogo clínico são dirigidas para a pessoa e para sua história de aprendizagens e de não aprendizagens sempre levando em conta que é alguém único e especial que está diante dele. Por isso é uma escuta atenta, que vai além das evidências geralmente já observadas pela família e pela escola.
A compreensão dos múltiplos fatores envolvidos no processo é bastante complexa e requer, necessariamente, um enfoque multidisciplinar a partir do qual são colhidos, pelo psicopedagogo clínico, conhecimentos de várias áreas como a Psicologia, a Pedagogia, a Medicina, a Fonoaudiologia e outras, necessárias para cada caso. 
Assim, o entendimento da origem das dificuldades de aprendizagem e das significações inconscientes delas na família, na escola e nas relações, leva o psicopedagogo clínico, junto com os demais profissionais que avaliaram o paciente a determinar as prioridades de tratamento.
O objetivo será sempre de abrir caminhos onde a autoria de pensamento seja possível, ou seja, onde possa surgir uma pessoa capaz de aprender, satisfeita consigo mesma e que se perceba inteligente!

3 comentários :

  1. http://psicopedagogialudica.blogspot.com.br/2014/04/reflexao-pratica-psicopedagogica-clinica.html#links

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  2. Olá Rosângela, uma feliz páscoa pra você e sua família!

    Multiplicadora, só conseguimos mudar o link principal e o da imagem. Precisamos que você nos mande os links das postagens que estão lá, ou que você nos mande novos dez títulos de postagens com seus links.

    Agurdamos contato,

    Irivan Rodrigues

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. OK Irivan!
      Obrigada pelas dicas.Logo enviarei os links das postagens mais visitadas no blog.
      Na oportunidade, desejo uma feliz e abençoada Páscoa.
      Até mais!

      Excluir

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"Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. As nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais".

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Hoje Acordei Para Vencer! A automensagem positiva logo pela manhã é um estímulo que pode mudar o seu humor, fortalecer sua autoconfiança e, pensando positivo, você reunirá forças para vencer os obstáculos. Não deixe que nada afete seu estado de espírito. envolva-se pela música, cante ou ouça. Comece a sorrir mais cedo. ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia. O bom humor é contagiante: espalhe-o. Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar. Não se lamente, ajude as outras pessoas a perceber o que há de bom dentro de si. Não viva emoções mornas e vazias. Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas. Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz. Tudo que merece ser feito, merece ser bem feito. Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação. Mude, opine, ame o que você faz. Não trabalhe só por dinheiro e sim pela satisfação da "missão cumprida". Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere pelo melhor. Transforme seus momentos difíceis em oportunidades. Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas. Veja o lado positivo das coisas e assim você tornará seu otimismo uma realidade. Não inveje. Admire! Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio. Idealize um modelo de competência e faça sua auto-avaliação para saber o que está lhe faltando para chegar lá. Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu tempo. Só assim não terá tempo para criticar os outros. Não acumule fracassos e sim experiências. Tire proveito de seus problemas e não se deixe abater por eles. Tenha fé e energia, acredite: Você pode tudo o que quiser. Perdoe, seja grande para os aborrecimentos, pobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos infelizes. Não viva só para seu trabalho. Tenha outras atividades paralelas como: esportes, leitura... cultive amigos. O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não se deve jogar nele todas as nossas expectativas de realizações. Finalmente, ria das coisas a sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida: "A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo". (Autor desconhecido)

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