A aprendizagem da leitura e escrita, nos dias de hoje, tem se tornado cada vez mais acessível, visto que é considerada uma atividade essencial para a comunicação humana. Nos diversos aspectos do ensino-aprendizagem, seja do conhecimento formal ou informal, de modo que temos muitos meios influenciáveis aos processos citados, a exemplo dos tipos de escritos existentes no meio social e os de ordem sistemáticos utilizados na escola. Assim, cabe aos indivíduos interagirem com os recursos existentes para que o uso da leitura e da escrita esteja presente.
Vigotski, ao discutir o desenvolvimento da escrita na ontogênese,assinala que “a escrita deve ter significado para as crianças (...) deve ser incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida”. E termina dizendo: “Só então poderemos estar certos de que ela se desenvolverá não como um hábito de mãos e dedos, mas como uma forma nova e complexa de linguagem” (1989a, p. 133). Do ponto de vista pedagógico e social, a escrita só tem significado para a criança como produção humana que realiza funções social (comunicativa) e individual (escrever para si mesmo). De outra maneira, continuará a ser vista como a habilidade de associação entre respostas sonoras a estímulos gráficos,diminuída das significações que são, segundo Vigotski (1989a), o seu componente essencial.
Segundo Andrea Garcez não há método ideal, o melhor método é aquele que o professor e a escola confiam e estão acostumados a trabalhar. Nem sempre este método está de acordo com as concepções de alfabetização dos pais, por isso uma boa conversa com a escola é o primeiro passo para acertar.
Em segundo lugar, acabar com a pressão. Não existe criança preguiçosa. A “preguiça” pode ser um sinal de dificuldade.
É importante lembrar que cabe aos professores o papel da alfabetização, eles são profissionais preparados para isto. Há muitas coisas que os pais podem fazer para ajudar, mas sem pressionar ou entrar em pânico.Entre elas:
Tornar o contato com a leitura e a escrita prazeroso, misterioso – ler para a criança, contar histórias, ler na frente das crianças (os pais que têm hábito de leitura têm mais chance de desenvolver o hábito de leitura nos filhos);
Disponibilizar material – comprar revistas, gibi, livros. É importante que tenham muitas gravuras e pouco texto. Com o tempo a criança se interessará pelo texto, mas é normal que o interesse inicie pelas figuras;
Estimular a leitura gestáltica – a leitura começa pela leitura da palavra como uma imagem, como um todo, pelas cores, tipo de letra, etc. As crianças desde pequenas fazem este tipo de leitura quando reconhecem o Mac Donald´s, a Coca-cola, etc. Estimular a leitura gestáltica favorece o contato com a língua escrita. Isto pode ser feito no supermercado, em casa, na rua, nos outdoors, etc, como uma brincadeira, lendo para ela os nomes e pedindo que ela “leia” também. Muitas vezes esta “leitura” se dará pelo uso do produto ou por uma “adivinhação”, mas é assim que começa.
Estimular o desenho, a pintura, o contato com diferentes materiais (não só na hora do dever de casa, mas como uma brincadeira em diferentes momentos) Sentar para desenhar junto e “brincar de escrever”.
Jogar jogos. Jogo da memória é excelente para ajudar na alfabetização. A criança identifica os iguais e os diferentes, a posição das peças, memoriza visualmente as peças, etc. Outros jogos: dominó, dama, quebra-cabeça, ludo.
O importante é sempre fazer de forma agradável e divertida, para que a criança goste de aprender, goste de ler, goste de escrever. Se for feito desta forma, vale qualquer coisa!
As dicas servem para crianças de todas as idades. Quanto mais cedo se começar menos marcada será a passagem do “não alfabetizado” para o “alfabetizado”, momento que é tão cobrado em nossa sociedade e por isso às vezes sofrido. Ao mesmo tempo, nunca é tarde para começar.
Se a criança estiver sofrendo por não estar conseguindo, família e escola já tiverem conversado e experimentado alternativas, vale procura ajuda de um especialista.
(http://psicopedagogaandreagarcez.blogspot.com.br)
Os adultos frequentemente esquecem como aprenderam a ler e escrever quando eram crianças. Isto significa que o processo de alfabetizar pode, às vezes, ser difícil e confuso. Quando há treinamento em alfabetização disponível, os facilitadores treinados são as melhores pessoas para ensinar estas habilidades. No entanto, uma compreensão básica do treinamento em alfabetização pode ser muito útil para os pais e para a família e os amigos das pessoas que estão a se alfabetizar.
Cartões com palavras
Os cartões com palavras são uma maneira muito boa de ajudar tanto as crianças quanto os adultos a aprenderem. Escreva palavras curtas e conhecidas em cartões ou pedaços de papel (você pode até colá-los como rótulos pela casa). Ajude as pessoas a reconhecerem as palavras e fazerem frases curtas com os cartões. O uso de figuras simples pode ajudar as pessoas a se lembrarem das palavras.
Palavras inteiras
Antigamente, as crianças primeiro aprendiam a recitar as letras do alfabeto. Agora, as pessoas geralmente aprendem primeiro a reconhecer o formato de palavras curtas inteiras. Mais tarde, elas aprendem os sons das palavras, para poderem reconhecer palavras mais longas.
Formatos das letras
À medida que as pessoas aprendem a reconhecer as palavras, elas precisam de praticar a sua escrita. No início, algumas linhas paralelas podem ajudá-las a reconhecer os diferentes formatos das letras. Os alunos podem copiá-los e aprender a escrever palavras – geralmente começando com os seus nomes.
Como lidar com palavras mais longas
Assim que as pessoas ganham confiança para reconhecer e ler pequenas palavras, elas precisam de aprender como separar em sílabas as palavras mais longas que não reconhecem. Produzindo o som das letras, elas podem descobrir a nova palavra. Uma técnica muito útil é pegar uma palavra longa, que foi discutida durante o encontro de alfabetização, e separá-la em sílabas. Por exemplo, pegue a palavra educar:
Descubra quantas vogais diferentes a palavra contém (as vogais são a, e, i, o, u) e escreva-as horizontalmente na parte de cima da grade.
Descubra quantas consoantes diferentes há e escreva-as verticalmente no lado esquerdo da grade:
Pratique, dizendo cada uma destas combinações. Se possível, faça palavras novas com as combinações e as letras: cara, dura, cada, careca. Depois, volte e practique, dizendo e escrevendo a palavra inicial.
Letras maiúsculas
Isto aplica-se somente à escrita romana. As pessoas freqüentemente se enganam ao pensar que as letras maiúsculas são mais fáceis de ler. Na verdade, aprender as letras maiúsculas é como aprender uma segunda língua. As palavras deveriam ser sempre escritas em letras minúsculas, com exceção dos nomes.
Palavras novas
Uma vez que os alunos tiverem as habilidades básicas para ler e escrever, eles poderão aprender novos conjuntos de palavras, com cada palavra relacionada com um tema específico, tais como a família, a casa, legumes. Isto ajuda os alunos a se lembrarem das palavras novas e dos seus significados. É importante ajudar os alunos a compreenderem e copiarem as palavras novas além de reconhecê-las. Aprender a ler e escrever deve ser divertido! Os jogos e as canções são uma forma agradável de os alunos praticarem as suas novas habilidades e se comunicarem com os outros.
Maneiras de praticar a alfabetização
Cartazes
Os melhores cartazes usam muito poucas palavras. Os cartazes que compartilham informações, usando umas poucas palavras necessárias, são uma boa maneira de dar confiança às pessoas que estão a se alfabetizar. As pessoas podem criar o cartaz juntas, decidir o que é necessário escrever e praticar as palavras antes de escrevê-las no papel.
Gráficos
Podem-se elaborar vários tipos de gráficos. As folhas de árvores úteis podem ser colhidas e rotuladas. Podem-se rotular desenhos simples de legumes e frutas. Os gráficos também podem mostrar as actividades das diferentes estações. Por exemplo, como os rendimentos das pessoas mudam ou os problemas de saúde que há ao longo do ano. Tudo isto precisa de rótulos e informações escritas.
Mapas
Os mapas são uma maneira muito útil para que as pessoas encontrem usos práticos para as suas novas habilidades de alfabetização. Os alunos podem trabalhar juntos fazendo mapas. Estes poderiam ser mapas da sua região local, para mostrar os recursos hídricos ou os riscos para a saúde. Quando os mapas estiverem concluídos, as pessoas podem entrar em acordo sobre rótulos úteis e informações adicionais. Estas poderiam ser os nomes das pessoas que vivem em certas casas ou os nomes das plantações, da vegetação, dos riachos ou dos prédios da comunidade.
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