sábado, 9 de agosto de 2014

Distúrbios de Comportamentos em Sala de Aula - Reflexão+Ação

Em situação de aprendizagem que deve acontecer em sala de aula, há as diferenças e os conflitos emocionais que ocorrem e pedem socorro.Crianças e adolescentes que precisam ser ouvidos, compreendidos, orientados e amados.
Professor tem papel de agente do conhecimento e de valores como modelo e norteador para um caminho mais positivo e possível para eles.Destaco a importância da equipe escolar, da família e dos colegas de classe estarem engajados e comprometidos nos objetivos e ações que poderão trazer benefícios proativos de aprendizados, objetivo maior na escola.APRENDER!
Sugiro a leitura deste texto que encontrei na NET e que remete a reflexões e estratégias peculiares ao tema.
Bom proveito! (Rosangela Vali)


Este aluno “problema” muitas vezes vai ser posto em pauta até ser deixado de lado literalmente. Será “esquecido” no caso de ser muito quieto ou ao contrário, será retirado do espaço físico comum por provocar conflitos e tumultuar o grupo.
A escola e professores devem identificar o perfil cognitivo do aluno, potencializando suas habilidades, o que ocasiona elevação de autoestima e experiências de sucesso escolar, fatos estes que podem ser preventivos no abandono da escola.
O fracasso acadêmico pode ser uma das várias causas da prática delinquente por adolescentes. Crianças e adolescentes apresentam comportamentos anti-sociais devido à baixa autoestima resultante de experiências negativas, como o fracasso escolar. É possível pensar que não é somente a baixa autoestima que causa baixo desempenho escolar ou comportamento anti-social, mas também o oposto, ou seja, o fracasso escolar e social pode acarretar em baixa autoestima.
A criança aprende que comportamentos aversivos, em lares onde os pais não souberam disciplinar, como gritar, chorar, bater, ter acessos de raiva são eficazes.
Depois vem a escola, e implica tanto o relacionamento com os colegas, como o desenvolvimento de habilidades escolares, lembrando que esta criança em questão já teve experiências difíceis no relacionamento com a família. O estilo aversivo destas crianças em suas relações interpessoais em casa as coloca em risco de rejeição pelos pais e conseqüentemente pelos colegas.
Iniciam-se as reclamações sobre a criança por parte da escola, com afirmações de que ela não aprende e é inadequada para a classe. Estas crianças evitam tarefas e situações que exijam de si, aprendem a esquivar-se dos deveres e tarefas escolares e domésticas, além de evitarem a escola e suas ordens, se atrasando ou “matando” aula. Também são rotuladas como crianças-problema e a partir daí se afastam da escola, pois têm uma visão desta como um ambiente aversivo.
Após o fracasso escolar, e a rejeição dos pais, professores e colegas, a criança, agora já um pré-adolescente, procura amigos que sejam imagens refletidas delas mesmas, pois o fracasso e a rejeição ocasionam a baixa auto-estima. Estes indivíduos necessitam encontrar valorização em outros campos e o desligamento da escola “por vontade própria”, ou devido à expulsão, favorece o engajamento ao grupo da rua. Este grupo é formado por indivíduos com histórias semelhantes e que buscam uma maneira de melhorar sua autoestima, desgastada e rebaixada pela família e pelo sistema escolar.
Diante do fato destes pré-adolescentes não frequentarem a escola, é evidente que passam a maior parte do dia nas ruas, o que propicia a facilidade de encontrar pares em situação similar, formando assim seus grupos de iguais, muitas vezes denominados gangues que geralmente apresentam atitudes negativas sobre a escola e a autoridade dos adultos, além do risco aumentado para o uso de drogas ou para o cometimento de delitos, explicitando assim os comportamentos anti-sociais. Com estas atitudes o indivíduo sente-se valorizado e reconhecido, pois obtém reforços com seus atos.
A relação da escola com seus alunos taxados como “problemas”, indisciplinados e fracassados é importante de ser observada, pois são estes que tendem a abandoná-la e quando isto ocorre, a chance de se comportarem de maneira anti-social aumenta. 
A escola se faz importante, pois pode tornar-se tanto fonte de prevenção como de intervenção no âmbito do comportamento anti-social.
Frente a isso, é evidente que o ambiente escolar contribui para o risco de condutas anti-sociais e a escola precisa saber reconhecer e adequar sua estrutura e funcionamento para que a identificação das crianças de risco ocorra precocemente e algo possa ser feito.
As escolas precisam ter pessoal de qualidade, atmosfera de harmonia, bom relacionamentos entre professores e alunos, gentileza entre seus membros, consistência e firmeza em suas ações, expectativas realistas quanto ao desempenho das crianças, atividades de bom nível, bem como orientação e treinamento profissional.
Algumas atitudes devem ser tomadas na sala de aula para que ocorra uma mudança na forma de agir destes alunos. 
A escola e a sala de aula devem ter regras de comportamento claras e objetivas, devendo ser tão poucas quanto possível e de preferência devem ser feitas usando-se do que os alunos podem fazer, ao invés do que não devem e estas regras são melhores compreendidas e respeitadas quando há a participação dos alunos em sua construção. 
Sempre se deve elogiar atitudes respeitosas e que agreguem algum valor benéfico ao aluno, desencorajando as que se apresentam inaceitáveis ao grupo.
Como o professor é uma pessoa de referência, é importante que o mesmo demonstre um comportamento adequado ao que se espera que o aluno siga, pois ele (aluno) tende a imitar os modelos que considera significativos.
Contratos estabelecidos entre o professor e o aluno podem se tornar eficazes para se formalizar um acordo que vise a mudança de comportamento. Este deverá especificar o comportamento que se espera que o aluno tenha e as recompensas que receberá por ele, bem como as sanções que ocorrerão caso o contrato não seja cumprido. Deve-se negociar perante uma discussão os termos deste contrato antes de formalizá-lo juntamente com o aluno, e sempre que ocorrer mudanças, estas devem ser negociadas e combinadas pelo professor e pelo aluno.
Uma outra forma de modificação de comportamento pode ser alcançada mediante a trocas de fichas, em que o aluno troca por diferentes recompensas, em que deve ficar claro que só serão válidas se tiverem o reconhecimento do professor, as recompensas motivarão o aluno a seguir um determinado comportamento. Uma forma lúdica de trabalhar com as fichas faz-se através de jogos com linha de partida e chegada em um tempo determinado, onde o aluno ao realizar algum comportamento estabelecido avança algumas casas, e caso não corresponda ao combinado, regride a casas anteriores.
O professor deve estimular no aluno as habilidades relacionadas a escuta, ao contato visual, as maneiras apropriadas de expressar verbalmente suas emoções, criticar de uma forma que a pessoa criticada não se sinta humilhada, receber críticas e não se sentir ofendido sabendo responder apropriadamente, saber negociar.
A forma lúdica é muito importante para a criança que apresenta comportamento anti-social, o professor pode deixá-la brincar livremente com materiais que facilitam a expressão e a imaginação, podendo o professor observar neste ato alguns aspectos que poderão ser trabalhados posteriormente.
Outra forma de trabalhar com crianças com distúrbio de comportamento na escola é através da arte, onde o professor dá a possibilidade ao aluno de explorar vários materiais e formas de arte, descarregando seus impulsos nesta atividade. A dramatização, por exemplo, como um processo de encorajamento e desenvolvimento da criatividade serve para que o aluno experimente papéis que o coloque em situações por invertidas das quais ele geralmente participa na “vida real”, ajudando a lidar com suas emoções, expressando sentimentos intensos e aprendendo com a externalização da experiência. Outra forma de arte para descarregar os impulsos é a dança e a música.
O esporte é outra alternativa para que esses jovens e crianças possam mudar seu comportamento, tendo a oportunidade de estabelecer vínculos afetivos com o professor de educação física e também se “espelhar” em alguma personalidade esportiva, vendo-o como modelo.
A discussão em sala de aula de dilemas hipotéticos, com cunho moral é uma forma de fazer com que os alunos tomem certas atitudes em determinadas ocasiões. Oferecer diversas alternativas diante de uma questão é um ponto chave para que as atitudes sejam mudadas. Sempre que ocorrer uma crise, é importante que o professor converse imediatamente com o aluno e pergunte seus motivos, questionando-o se não haveria outra alternativa para tal comportamento, procurando-se desta forma, evitar a volta desta atitude permitindo a consciência de que existem maneiras diversas de lidar com esse problema.
A presença constante de um professor auxiliar é um meio para que essas crianças tenham uma aprendizagem eficaz.
Deverá haver uma ruptura no currículo tradicional escolar, pois, além de planejar estratégias pedagógicas com o objetivo de desenvolver habilidades cognitivas, esta tem o dever de planejar técnicas de manejo comportamental para poder fazer a inclusão desses alunos e para construir novos saberes, já que, essas dificuldades atrapalham o desenvolvimento cognitivo.
É importante deixar claro que o currículo a ser desenvolvido com os alunos que apresentam distúrbios de comportamento, deve ser o mesmo contido na proposta curricular da escola, para todos os alunos, em seus níveis e etapas correspondentes; trata-se de um princípio de educação inclusiva.
Fazer um currículo diferente segrega e discrimina, privando-os dos momentos onde a interação social é indispensável ao desenvolvimento e à aprendizagem.
Uma forma para que se reduza a exclusão desses alunos na escola, é fazer com que a insatisfação deles quanto a esta instituição diminua. Abordagens como intervenção precoce, planejamento cuidadoso e estratégias envolvendo toda a escola devem ser postas em prática. Serviços externos aliados à escola podem ajudar a evitar comportamentos criminosos destes alunos.
Existe uma série de profissionais que podem e devem trabalhar junto com a escola na relação com crianças com distúrbio de comportamento, como por exemplo: médico clínico, equipe consultiva de serviços pedagógicos especializado, serviço de saúde mental da criança e do adolescente, psicólogo educacional, assistente social, entre outros. Mas é de suma importância que não se tenha uma grande rotatividade na equipe para que com isso a criança adquira confiança na pessoa que está trabalhando com ela.
A utilização da suspensão enquanto punição, para os alunos que infringem as regras da escola, não parece ter qualquer efeito na modificação do comportamento dos alunos, devendo ser sempre evitada, sobretudo nas situações menos graves (que não atentem contra a integridade física da comunidade escolar)
A participação da família é outro aspecto que deve sempre ser levado em conta, pois ajudará no convívio social tanto escolar quanto familiar e em todas as esferas do relacionamento humano. Alguns pais precisam de ajuda para estabelecer limites e escolher métodos mais apropriados para educar os filhos. O contato com a escola também pode ser útil para resolver conflitos entre professores e alunos e ajudar os professores a encontrar maneiras mais adequadas de lidar com as dificuldades da criança.
O tratamento com remédios faz-se necessário em algumas situações, porém, temos que ter cautela no uso de medicamentos para o tratamento da agressividade, pois os riscos podem superar os benefícios.
A hospitalização está indicada em casos de risco iminente para o paciente (por exemplo, suicídio, autoagressão) ou para os demais (por exemplo, homicídio).

Um comentário :

  1. Olá Rosângela
    Toda criança com distúrbios de comportamento requer da escola uma olhar mais atento para que se possa elaborar estratégias eficazes para o desenvolvimento afetivo e cognitivo desse discente.
    Um texto excelente. Obrigada pela partilha
    Beijos e um feliz domingo

    ResponderExcluir

Fique a vontade.Compartilhe sua opinião!
Gosto de trocar e somar ideias.
Obrigada pela visita!
Um abraço, Rosangela

RESULTADO EM AÇÂO!



csp6961069

Na aventura de aprender de nossas crianças e jovens,
pais e professores são a bússola para o caminho de
descobertas e aprendizagens significativas e felizes.
(Rosangela Vali - Pedagoga e Psicopedagoga)

"Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. As nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais".

(Peça de teatro: Vozes da Consciência,BH)

MotivAÇÃO FAZ BEM!

Hoje Acordei Para Vencer! A automensagem positiva logo pela manhã é um estímulo que pode mudar o seu humor, fortalecer sua autoconfiança e, pensando positivo, você reunirá forças para vencer os obstáculos. Não deixe que nada afete seu estado de espírito. envolva-se pela música, cante ou ouça. Comece a sorrir mais cedo. ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia. O bom humor é contagiante: espalhe-o. Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar. Não se lamente, ajude as outras pessoas a perceber o que há de bom dentro de si. Não viva emoções mornas e vazias. Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas. Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz. Tudo que merece ser feito, merece ser bem feito. Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação. Mude, opine, ame o que você faz. Não trabalhe só por dinheiro e sim pela satisfação da "missão cumprida". Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere pelo melhor. Transforme seus momentos difíceis em oportunidades. Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas. Veja o lado positivo das coisas e assim você tornará seu otimismo uma realidade. Não inveje. Admire! Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio. Idealize um modelo de competência e faça sua auto-avaliação para saber o que está lhe faltando para chegar lá. Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu tempo. Só assim não terá tempo para criticar os outros. Não acumule fracassos e sim experiências. Tire proveito de seus problemas e não se deixe abater por eles. Tenha fé e energia, acredite: Você pode tudo o que quiser. Perdoe, seja grande para os aborrecimentos, pobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos infelizes. Não viva só para seu trabalho. Tenha outras atividades paralelas como: esportes, leitura... cultive amigos. O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não se deve jogar nele todas as nossas expectativas de realizações. Finalmente, ria das coisas a sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida: "A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo". (Autor desconhecido)

Dicas de FAZER o BEM faz BEM!

“Ninguém e nada cresce sozinho. Sempre é preciso um olhar de apoio. Uma palavra de incentivo. Um gesto de compreensão. Uma atitude de segurança. Devemos, assim, sermos gratos. Aos que nos ajudaram a crescer. E termos o propósito de não parar. E não passar em vão pela vida”. (autor desconhecido)

Aprender no Coletivo!

"Quanto mais rica

a experiência humana,

tanto maior será

o material disponível

para a imaginação e

a criatividade".

(Lev S. Vygostsky)


Na aventura de aprender de nossas crianças e jovens, pais e professores são a bússola para o caminho de descobertas e experiências
significativas e felizes.
(Rosangela Vali - Pedagoga e Psicopedagoga)


ATENDIMENTO PSICOPEDAGOGICO


Sou participante em...

Salmo 16:8 -
(Com ELE, nos FORTALECEMOS!)

Selinhos Amigos e Parceiros neste BLOG! OBRIGADA!