Prática e Realidade
Aprendizes e TDA/H
Como professora e buscadora psicopedagógica, compartilho um embate e situação cotidiana com nossos aprendizes que apresentam o quadro de TDA/H.
Particularmente, sou ciente de muitos aprendizes estarem sem organização interna e externa por falta de limites e estrutura familiar, o que não é caso de TDA/H, enfatizo aqui quadros do transtorno já comprovados neurologicamente e por comportamento de muito tempo observados por mim, em atendimento e que veem prorrogando e me inquietando quando é estar com eles em sala de aula e pouco se consegue de avanços de aprendizagem, fator preocupante quando não ocorre a alfabetização, maior desafio para mim no momento.
Trabalho com equipe multidisciplinar, pouco a escola consegue ter e manter contato significativo. Acontece em contatos esporádicos via relatórios com profissionais afins. O trabalho se desvincula por questão da falta de planejamento e tempo de encontros e avaliações e os avanços e entendimento para auxiliar nossos aprendizes fica ineficaz. Desanimar, acontece, mas desistir não.
Acreditar e enfrentar os desafios é preciso.
Por isso na busca de material literário, virtual e prático para planejamento com eixo psicopedagógico, compartilho as informações a seguir, que podem nutrir e motivar sua prática como pais, professores e psicopedagogos e acreditar que podem criar resultados positivos, que concomitantemente interligar criatividade e praticidade para elaboração de material próprio e poder aplicar com nossos aprendizes.
Qualquer novidade e esclarecimento, entre em contato,caso queira interagir sobre o tema.
Que possamos ousar, acreditar em aprendizagem para todos.
Bom proveio, Rosangela Vali.
TDA/H é um problema do funcionamento de certas áreas do cérebro que comandam o comportamento inibitório, (freio), a capacidade de executar tarefas de planejamento, a memória de trabalho, (entre outras funções), determinando que o indivíduo apresente sintomas de desatenção, agitação, (hiperatividade), e impulsividade. É a condição crônica de saúde de maior prevalência em crianças em idade escolar É o distúrbio neuro comportamental mais comum na infância Não é um transtorno de conduta moral e sim um transtorno neurobiológico.
ESTRATÉGIAS E SUPORTES PARA LIDAR COM PROBLEMAS SOCIAIS E EMOCIONAIS:
-Tente variar a organização de assentos para proporcionar uma situação em que o aluno sinta-se confortável.
-Dê ao aluno responsabilidade na sala de aula / escola.
-Reduza o número de tarefa ou modifique para possibilitar um maior índice de sucesso nos alunos.
-Tente identificar o que está causando estresse e frustração ao aluno.
-Reduza tarefas com papel / lápis e permita outros meios de produção.
-Amplie o tempo para completar a tarefa.
-Use instruções curtas acompanhadas por demonstração ou exemplo visual.
-Use um cronômetro para determinar o tempo a ser gasto em uma tarefa específica.
-Forneça atividades que o aluno possa ter sucesso (academicamente e socialmente).
-Envolva os alunos em atividades de monitoria com crianças menores.
-Arranje mensagens para o aluno levar outras salas de aula ou para secretarias.
-Descubra o interesse dos alunos e proporcione atividades que correspondam a esses interesses.
-Tendem envolver os alunos em atividades extracurriculares.
-Chame atenção para as potencialidades dos alunos e demonstre os talentos dele /dela, suas ilhas de competência.
-Dê responsabilidades ao aluno de ser um assistente do professor, monitor, modelo, líder do grupo, etc.
-Converse com professores, funcionários de apoio, orientadores, assistente sociais sobre esta criança.
-Aumente a comunicação com os pais.
-Aumente as oportunidades de encontrar com o aluno individualmente e estabelecer um relacionamento de apoio.
-Dê a esta criança um monitor que possa lhe dar suporte e ser tolerante.
-Ensine habilidades sociais apropriadas, estratégias de lidar com situações e resolver problemas.
-Ensine habilidades sociais apropriadas, estratégias de lidar com situações.
-Forme pares de alunos com monitores de séries mais avançadas ou um amigo especial, entre a equipe.
-Aumente significativamente as interações positivas, frequência de elogios e feedback.
ENCORAJAMENTO E APRECIAÇÃO
*Eu aprecio o esforço que você usou nesta tarefa.
*Continue pensando nessas boas ideias.
*Esse B+ reflete seu esforço.
*Você deve estar orgulhoso de si mesmo.
*...............(nome do aprendiz), eu percebi que você estava bem preparado para a aula de hoje. Realmente ajudou você ter arrumado sua carteira e em ordem o seu caderno.
*Eu gosto da maneira que você lidou com aquele problema.
*Você deve sentir-se bem em ver o progresso que você está fazendo.
*Seu esforço está sendo compensado.
*É isso mesmo... continue praticando e logo você saberá tudo.
*Aposto que você se dedicou muito nesta questão.
*Eu percebi que os alunos da mesa 2 realmente se ajudaram e trabalharam como equipe. Meus parabéns.
*...........(nome do aprendiz), você seguiu as instruções rapidamente.
*Eu aprecio sua cooperação.
*Eu percebi que você realmente se dedicou a melhorar sua caligrafia. Posso ver uma melhora na sua letra.
*Eu agradeço a maneira que você ajudou ........ com o que ela perdeu ontem por ter faltado a aula. Você realmente é um companheiro responsável.
*Olha que melhora! Realmente mostra que você se dedicou com tempo e esforço.
*Eu estou confiante que você fará uma boa escolha.
*Você consegue fazer isto !
*Você está ficando melhor em...
*Essa é difícil. Mas eu tenho certeza que você pode entender.
*...........(nome do aprendiz), você está mostrando um grande auto-controle esta manhã. Você se lembrou de levantar a mão quando quer falar e está respeitando o espaço dos outros alunos.
Fonte:Vanda Rambaldi Psicóloga Autora Consultada: Sandra Rief Greenhill LL J Clin Psychiatry, 1998
Dicas - Realização de atividades em casa e na escola.
Para introduzir um assunto ou comentário novo, deve-se utilizar materiais didáticos variados em termos de cores, formas e tamanhos para que a criança possa manuseá-los.
-Para a realização do “para casa”, o ambiente deve ter o mínimo de estímulos que possam desviar sua atenção. Evite objetos cortantes ou que possam se quebrar facilmente. Quebrar ou estragar objetos é muito comum entre as pessoas com TDA/H, e eles tendem se sentir culpados ao fazê-lo, experimentando angústia e estresse após a ocorrência do fato.
-Para estabelecer um bom vínculo, olhe nos olhos e ouça o que o aluno tem a dizer; isto inclui seus objetivos, suas expectativas e medos.
-Considerando que o planejamento é uma tarefa muito complicada para o aluno, auxilie-o pré-estabelecendo regras, objetivos, tempos e limites. Estes últimos devem ser colocados de maneira firme, porém sem o intuito de punir.
-Repita várias vezes às regras de forma clara e objetiva, sem um tom de cobrança.
-Peça-o para repetir o que entendeu sobre o que acabou de ouvir.
-Evite pressioná-lo com relação ao tempo com frases do tipo: “Ande rápido, seu tempo está se esgotando” ou “Acelere e pare de fazer hora”.
-Monitorize o tempo de forma que sempre fiquem alguns minutos a mais para qualquer imprevisto.
-Sinalize sempre quando estiver faltando alguns minutos para acabar a tarefa proposta.
-Dê intervalos de 5 minutos a cada 40 minutos de trabalho para que o aluno possa movimentar-se, beber água, ir ao banheiro, etc.
-Avise sobre possíveis mudanças com antecedência, para que ele se prepare e ajude-o a monitorar os imprevistos, pois estes são vividos com muito sofrimento pelo aluno.
-Acompanhe a execução das tarefas, que devem ser realizadas por etapas e em passos pequenos. O conteúdo deve ser introduzido em pequenas quantidades, para ser lido e trabalhado.
-O uso de marcadores de texto, gráficos, mapas, figuras, jogos, músicas, listas de lembretes e softwares interativos têm um papel importante no processo de aprendizagem do aluno com TDA/H.
-Frequentemente, elogie os avanços no processo de aprendizagem, encorajando-o a continuar e reforçando positivamente com pequenos “brindes” ou “surpresinhas".
-Estimule a participação do aluno em tarefas variadas, pedindo que faça pequenos favores como dar um recado ou buscar um objeto em outro lugar. Depois, estimule perguntas que facilitam a auto-observação do tipo: “o que acabei de fazer ?” ou “o que fiz hoje de legal ?” ou ainda peça para descrever uma cena, recontar histórias, relatar o que fez em um final de semana.
-Sempre que possível, use o lúdico e a novidade. “Contar segredos no pé do ouvido” sempre aguça a curiosidade e garante a atenção do aluno.
-Para que haja uma boa memorização, use dicas, macetes, lembretes, despertador e músicas cujas letras referem-se ao tema da aprendizagem.
-Quando perceber o aluno se dispersando, aproxime-se dele, toque-o nos ombros, olhe-o nos olhos, altere seu tom de voz variando entre o grave e o agudo, mude sua expressão facial e gestos.
-Evite corrigir a falta de atenção do aluno em voz alta diante de outras pessoas, pois ele poderá se sentir humilhado e reagir de forma mais distante ou mesmo agressiva.
-Na sala de aula, o aluno deve senta-se próximo à professora, para que esta possa destinar-se a atenção necessária sem causar-lhe constrangimento ou despertar ciúmes no restante da turma.
-Evite colocar o aluno perto de janelas ou portas, pois ele pode ser facilmente distraído por estímulos externos.
-Incentivos e reforços positivos do tipo: uma piscadinha, um tapinha nas costas ou um sinal de “joia” com a mão, são sempre bem vindos e aumentam a motivação para continuar as atividades. -Incentive-o a praticar esportes individuais ou coletivos para que entre em contato com novas regras, gaste bastante energia e possa se integrar com outras pessoas.
É IMPORTANTE LEMBRAR que pessoas com TDA/H são normalmente pessoas muito criativas e inteligentes. Quando cuidados por pessoas capacitadas, certamente se tornarão indivíduos mais realizados e felizes.
(FONTE: Distraído e a 1000 por hora, de Simone Sena e Orestes Neto)
FONTE:http://maisqueumsegundofeliz.blogspot.com/2009/07/sugestoes-paraensinar-todos-os-alunos.html
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Fique a vontade.Compartilhe sua opinião!
Gosto de trocar e somar ideias.
Obrigada pela visita!
Um abraço, Rosangela