quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Alfabetização e Consciência Fonológica na Prática

Quando reflete sobre os segmentos das palavras, a pessoa está pondo em ação a consciência fonológica”.

É preciso deixar bem claro, que nessa perspectiva é concebido que a consciência fonológica é um conjunto de habilidades necessárias, mas não suficientes para que o aprendiz se alfabetize ao iniciar. Crianças pequenas em situações que lhes permitam refletir sobre o funcionamento das palavras escritas são ajudadas a começar a observar certas propriedades do sistema alfabético (como a ordem, a estabilidade, e a repetição de letras nas palavras), ao mesmo tempo em que, divertindo-se, analisam as semelhanças sonoras (de palavras que rimam ou têm sílabas iguais ou mediais iguais), bem como examinam a quantidade de partes (faladas e escritas) das palavras.

Para escrever segundo uma hipótese alfabética, as crianças precisam identificar  palavras que começam com o mesmo fonema (mesmo que não saibam pronunciá-lo isoladamente).

 Frisamos que o desenvolvimento da consciência fonológica ocorre à medida que a criança
tem oportunidades de refletir sobre as formas orais e escritas das palavras. Deste modo,temos clareza de que as habilidades de consciência fonológica importantes para uma criança se alfabetizarnão aparecem com a maturação biológica, como parte do desenvolvimento corporal.
Elas dependem de oportunidades para refletir sobre as palavras em sua dimensão sonora. Portanto, a escola tem um papel essencial em fomentar seu desenvolvimento no final da educação infantil e no começo do ensino fundamental;• as crianças não devem ser “barradas”,impedidas de entrar no primeiro ciclo se ainda não apresentam certas habilidades importantes de consciência fonológica. Não se trata de cobrar que a criança tenha alcançado um estado de “prontidão”, mas de ela ser desafiada, tendo oportunidades lúdicas e prazerosas de pensar sobre as palavras, situações nas quais refletem sobre seus segmentos sonoros. Nas seções seguintes desse caderno, discutiremos exemplos concretos em que tais desafios foram vividos através de jogos de palavras e da exploração lúdica de textos da tradição oral (cantigas, parlendas etc.).

Análise Linguística: apropriação do Sistema de escrita Alfabética

FEV. JUN. AGO. DEZ.
Escreve o próprio nome.



Reconhece e nomeia as letras do alfabeto.



Diferencia letras de números e outros símbolos.



Conhece a ordem alfabética e seus usos em diferentes gêneros.



Reconhece diferentes tipos de letras em textos de diferentes gêneros e suportes textuais.



Compreende que palavras compartilham certas letras.



Percebe que palavras diferentes variam quanto ao número, repertório e ordem de letras.



Segmenta oralmente as sílabas de palavras e compara as palavras quanto ao tamanho.



Identifica semelhanças sonoras em sílabas e em rimas.



Reconhece que as sílabas variam quanto às suas composições.



Percebe que as vogais estão presentes em todas as sílabas.



Lê, ajustando a pauta sonora ao escrito.



Domina as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a ler palavras e textos.



Domina as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.



     
Para compreender a relação entre partes orais e escritas das palavras, as crianças se beneficiam muito da materialização  que a forma escrita das palavras lhes proporciona. Assim como defende Ferreiro (2003), e foi comprovado por  Bradley e Bryant (1987), poder montar e desmontar palavras e poder observar a sequência de letras de palavras parecidas são importantes suportes cognitivos para as crianças pensarem nos segmentos sonoros, muito mais abstratos e sem uma aparência material. Não é à toa que, ao serem solicitadas a pensar sobre fonemas, muitas crianças se referem às letras das palavras, pois essas formas gráficas são muito mais “palpáveis” e “observáveis” como unidades. 
Assim, como o leitor verá, ao realizarmos atividades que desafiam as crianças a refletir fonologicamente sobre as palavras, sempre que possível devemos apresentar, simultaneamente, as formas escritas daquelas mesmas palavras. Pensemos bem: se, por exemplo, numa brincadeira de produzir palavras que rimam com FEIJÃO, a professora registra abaixo dessa as outras palavras que os alunos vão verbalizando (CAMINHÃO, CORAÇÃO, TUBARÃO etc.), esses meninos e meninas vão ter uma coisa interessante sobre a qual refletir: por que todas aquelas palavras terminam com as mesmas letras ÃO? Sem dar uma aulinha expositiva, na qual transmite a informação pronta (e pouco útil) de que “palavras que têm pedaços sonoros parecidos tendem a ser escritas de modo idêntico”, a professora cria situações que levam os alunos a vivenciarem, de forma facilitada, a reflexão que leva a esse tipo de descoberta. Nas seções seguintes, a fim de ajudarmos o aprendiz a se alfabetizar de modo eficaz, vamos abordar questões referentes à utilização de materiais didáticos na prática pedagógica dos professores, que são fundamentais para a apropriação do SEA. Num primeiro momento, discutiremos algumas atividades de uso do livro didático que promovem a compreensão das propriedades do SEA (reflexão sobre os sons das palavras e atividades de montar e desmontar palavras com o alfabeto móvel). Em seguida, refletiremos sobre o uso de jogos que ajudam as crianças a avançar em habilidades de consciência fonológica e, por último, discutiremos a utilização de livros das obras complementares que proporcionam à criança não só a oportunidade de reconstruir as propriedades do SEA, mas também o conhecimento dos usos e funções da escrita.
 Existem    algumas atividades    que    são    bastante    interessantes,    no    que    diz    respeito    às correspondências som-grafia, como as que têm comandos como:


“Pinte a letra que muda a palavra”, 
“Troque a primeira letra e for-me outras palavras”, 
“Mude a sílaba de lugar e forme outras palavras”.
 Esse tipo de atividade é bastante produtivo, pois o aluno terá que refletir sobre as unidades sonoras para formar outras palavras.


Apesar de algumas lacunas, o LD do 1º ano é um apoio interessante, sendo mais um recurso didático a ser explorado. Mesmo quando ele não tem um ensino mais sistematizado, voltado para o eixo da apropriação do Sistema de Escrita Alfabética, tentamos adaptá-lo à nossa realidade.”
 Reconhecendo que a consciência fonológica é uma condição necessária, mas não suficiente para uma criança se alfabetizar, consideramos essencial criar situações por meio das quais nossos alunos possam refletir sobre as formas orais e escritas das palavras.
 Elas envolvem as capacidades de partir palavras em sílabas, comparar palavras quanto ao tamanho, e comparar palavras quanto a semelhanças sonoras (de suas sílabas, rimas ou fonemas iniciais).

Nessa perspectiva, alguns textos se prestam especialmente para refletirmos sobre a dimensão sonora das palavras. Eles são textos poéticos (músicas, quadrinhas, cantigas, parlendas) e trava-línguas que contêm rimas e aliterações (isto é, sílabas ou fonemas idênticos, no início ou no meio da palavra).

Por serem curtos e os alunos, muitas vezes,os saberem de cor, seu uso permite uma reflexão específica sobre as relações entre partes orais (o que pronunciamos) e as partes escritas do texto (as palavras, sílabas e letras) que substituem, no papel, o que pronunciamos ao cantar o texto.  
Neste link,  ALFABETIZAÇÃO COM RIMAS você encontrará várias sugestões de como ajudar e oportunizar  a reflexão sobre como, na escola, podemos utilizar as atividades e articulá-las para que promovam a capacidade dos alunos de refletir sobre as palavras como sequências sonoras. 

Bom proveito,  Rosangela Vali

2 comentários :

  1. Boa noite eu já li vários assuntos publicados ,aquele sobre as cores também é muito interessante e venho através deste solicitar a sua ajuda sou mãe de um menino de onze anos que não sabe ler e nem escrever,infelismente não tive sucesso em ensinar e a escola onde ele estuda simplesmente o fez passar de série após série sem se importar com a dificuldade dele a única forma que encontrei de ajudá foi contratar uma professora particular e montar uma sala de aula em um quarto de minha casa pois ele já foi diagnosticado com deficiência de aprendizado , porém nada foi feito apenas foi agendado mas a espera é longa e gostaria de sua opinião como deveria ser uma sala de aula para uma criança com dificuldades para aprender e com dificuldade de concentração.por favor não deixe de me enviar alguma dica ,pois mesmo tendo poucos recursos financeiros , estou tomando está iniciativa pois meu filho sofre por não conseguir acompanhar os outros alunos e acompanho de perto esse sofrimento.meu email
    ericafatima2011@hotmail.com

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  2. Oi Erica!
    Seu filho sempre aprende todo dia de um jeito só seu. Encaminhei algumas informações via e-mail. Fico no aguardo. Abraço.

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Um abraço, Rosangela

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Na aventura de aprender de nossas crianças e jovens,
pais e professores são a bússola para o caminho de
descobertas e aprendizagens significativas e felizes.
(Rosangela Vali - Pedagoga e Psicopedagoga)

"Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. As nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais".

(Peça de teatro: Vozes da Consciência,BH)

MotivAÇÃO FAZ BEM!

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a experiência humana,

tanto maior será

o material disponível

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